Demanda de aço no Brasil deve cair 14,4% neste ano, prevê Worldsteel


Depois de recuar 16,9% no ano passado, a demanda por aço no Brasil deve seguir em queda acentuada neste ano e mostrar retração de 14,4%, para 18,2 milhões de toneladas, de acordo com o relatório “Short Range Outlook” (SRO), divulgado nesta terça-feira pela Worldsteel Association, que reúne os maiores países produtores do insumo.
Para o ano que vem, a previsão é de início de um provável período de recuperação, com alta de 3,8%, para 18,9 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume é inferior as 21,3 milhões de toneladas consumidas em 2015.
Já nos países desenvolvidos, a expectativa da Worldsteel é de manutenção da trajetória moderada de retomada da economia. A demanda por aço nessas economias deve aumentar 0,2% em 2016 e 1,1% em 2017, conforme o documento da entidade.
União Europeia
Na União Europeia, a recuperação da demanda por aço permanece em curso, apoiada pelo “consumo resiliente e uma leve recuperação na construção, apesar das incertezas adicionadas pelo Brexit”. A crise de refugiados também impõe desafios à região, mas o impacto imediato sobre a demanda parece ser menor, indica a associação. A projeção é de alta de 0,8% no consumo de aço em 2016, para 154,8 milhões de toneladas, e de 1,4% em 2017.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, apesar da força da economia local, a demanda por aço enfrenta desafios como o dólar valorizado, que prejudica o setor manufatureiro, e o “colapso nos investimentos relacionados a gás de xisto”. Em 2016, a demanda americana por aço deve mostrar queda de 1,2%, a 95 milhões de toneladas, com crescimento de 3% no ano que vem.       

Por Stella Fontes 
Fonte: Valor Econômico