Indústria automotiva conhece oportunidades de exportação


Veículos elétricos e híbridos, revolução digital, conectividade, indústria 4.0 (robotização, internet das coisas, inteligência artificial, impressora 3D) e o aumento das barreiras ao comércio são algumas das tendências globais do setor automotivo que desafiam a indústria do futuro. Os apontamentos estão em estudo que está sendo elaborado pela Apex-Brasil em parceria com o Sindipeças. Os dados foram apresentados a indústrias do segmento, na última sexta-feira, dia 8, na reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Automotiva, da FIESC, realizada em Florianópolis. 

De acordo com um dos autores do estudo, Aloísio Buoro, o trabalho mostra uma análise do mercado externo especialmente para compreender as necessidades de exportação e de que forma isso vai afetar a indústria automotiva daqui para frente. “A Ásia-Pacífico (China) se consolida como novo polo dinâmico da economia global. Estados Unidos e Europa perdem importância em relação aos demais mercados. E qual é o nosso olhar para estes outros mercados? Ainda temos um olhar estereotipado para estes mercados, muito superficial, sobre estas realidades”, alertou Buoro. “Isso impede a gente de entender estes mercados como oportunos e acredito que a indústria automobilística é a mais global”, acrescentou. Buoro apresentou ainda números relacionados à exportação de veículos, incluindo volume e principais destinos. 

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrou a diversidade da indústria catarinense, o que favorece atender as demandas do setor. Ele citou ainda o esforço do segmento para enfrentar o cenário econômico difícil que o Brasil atravessa nos últimos anos. “O setor também sentiu os efeitos dessa retração, mas houve grande esforço no sentido de evitar desligamento de trabalhadores e fechamento de unidades”, afirmou, lembrando que a FIESC realizou em 2017 encontros em todas as regiões do Estado para disseminar os conceitos da indústria 4.0, com a participação de aproximadamente 4 mil pessoas. “Também temos qualificado os nossos trabalhadores para se ajustar a esse novo mundo do trabalho em que a tecnologia provoca uma transformação muito rápida e profunda. Queremos estar alinhados com as necessidades do setor e caminhar juntos”, salientou.


Fonte: engeplus