Minério de ferro e aço sobem após Zhengzhou retomar projetos habitacionais paralisados
(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta quinta-feira nas bolsas de Dalian e Cingapura, depois que a cidade chinesa de Zhengzhou disse que começaria a construir projetos habitacionais paralisados, oferecendo algum alívio aos mercados preocupados com a fraca demanda de aço na China.
Os futuros do aço em Xangai também avançaram, apesar das preocupações com a intensificação das restrições da Covid-19 na maior produtora de aço e consumidora de minério de ferro do mundo.
O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações com alta de 3,1%, a 706 iuanes (101,54 dólares) a tonelada, depois de atingir seu nível mais forte desde 30 de agosto, a 708,50 iuanes.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência do ingrediente siderúrgico para outubro subiu 4,1%, a 100,40 dólares a tonelada.
A cidade de Zhengzhou prometeu começar a construir todos os projetos habitacionais paralisados dentro de 30 dias, fazendo bom uso de empréstimos especiais, pedindo aos desenvolvedores que devolvam fundos desviados e incentivando algumas empresas imobiliárias a declarar falência, informou a Reuters, citando três fontes.
Compradores de imóveis em pelo menos 80 cidades da China ameaçaram interromper pagamentos de hipotecas, à medida que problemas de liquidez ou restrições da Covid-19 dificultaram os projetos, aumentando as preocupações com um mercado imobiliário em dificuldades.
A retomada dos projetos habitacionais é um bom presságio para a demanda por minério de ferro e aço, especialmente antes do inverno, quando as atividades de construção na China desaceleram.
"O mercado está cautelosamente ansioso pela demanda de setembro e outubro", disseram analistas da Zhongzhou Futures em nota, referindo-se ao pico da temporada de construção na China.
O vergalhão na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,9%, enquanto as bobinas laminadas a quente avançaram 0,8%. O aço inoxidável ganhou 1,4%.
Fonte: UOL