Arábia Saudita cortará produção de petróleo em junho em mais 1 mi bpd
Os preços do petróleo passaram brevemente a subir com a notícia, mas depois voltaram a entrar em território negativo.
A Arábia Saudita determinou à petroleira estatal Aramco que reduza a produção de petróleo em junho em 1 milhão de barris por dia, em cortes voluntários que se somarão a reduções de oferta já acertadas sob um acordo da Opep+, disse um representante do ministério de Energia do reino nesta segunda-feira.
“Isso leva o corte total de produção que será realizado pelo reino para ao redor de 4,8 milhões de barris por dia, na comparação com o nível de produção de abril”, informou o representante do governo.
“Com isso, a produção do reino em junho, após os cortes de sua meta e os voluntários, será de 7,492 milhões de barris por dia”, acrescentou.
Os preços do petróleo, que caíam, passaram brevemente a subir com a notícia, mas depois voltaram a entrar em território negativo.
A demanda global por petróleo caiu cerca de 30% à medida que a pandemia de coronavírus gerou limitações à movimentação de pessoas pelo mundo, reduzindo o uso de combustíveis e aumentando os estoques de petróleo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados incluindo a Rússia, um grupo conhecido como Opep+, fecharam acordo no mês passado para reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho, um corte recorde. Os produtores devem relaxar lentamente os cortes após junho, mas as restrições devem se manter até abril de 2022.
Sob o acordo, a Arábia Saudita mira uma produção de petróleo de 8,492 milhões de bpd em maio e junho.
O ministério também pediu à Aramco que reduza a produção em maio a partir do nível de sua cota, “em consenso com os clientes”.
“O reino visa, com esses cortes adicionais, incentivar participantes da Opep+, assim como outros países produtores, a cumprirem os cortes de produção com os quais eles se comprometeram, e garantir cortes adicionais voluntários em um esforço para apoiar a estabilidade dos mercados globais de petróleo”, disse o representante do governo saudita.
Fonte: EXAME