Faturamento da indústria sobe 1,7% em outubro, aponta CNI


Depois de registrar variações predominantemente negativas em setembro, a maioria dos indicadores industriais subiu em outubro, informa a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"A indústria permanece em trajetória de recuperação moderada. De um lado, as variáveis faturamento real, massa salarial real e rendimento real, beneficiadas pela inflação em queda, mostram evolução positiva mais clara. De outro, horas trabalhadas, emprego e utilização da capacidade instalada registram oscilações pequenas nos últimos meses, sem garantir tendência definida. O balanço desses resultados sugere manutenção do baixo patamar das variáveis pesquisadas e reforça o quadro de fraca atividade industrial", diz o relatório da entidade.

Após recuar por dois meses seguidos, o faturamento do setor aumentou 1,7% em termos reais na passagem do nono para o décimo mês de 2017. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 11,9%.

A utilização da capacidade instalada (UCI) subiu 0,2 ponto percentual ante setembro, para 77,7%, feito o ajuste sazonal. Perante o mesmo período em 2016, houve aumento de 1,6 ponto percentual. Ainda assim, a ociosidade segue elevada: a UCI de outubro de 2017 ficou 3,7 pontos percentuais abaixo da média dos meses de outubro.

As horas trabalhadas foram o único indicador a cair (0,7%) entre setembro e outubro. Nos três meses anteriores, o índice ficou muito próximo da estabilidade – em julho e em setembro, o índice havia crescido 0,2% e, em agosto, 0,1%. Ante outubro de 2016, houve aumento, de 0,3%.

O emprego industrial subiu 0,1% no mês em outubro, mas teve baixa de 1,3% em relação ao mesmo período de 2016.

Nos dados de renda, houve elevação de 0,9% no rendimento médio real do trabalhador da indústria brasileira em outubro e alta de 1,2% ante um ano antes. A massa de rendimentos cresceu 0,3% no confronto com setembro, mas foi 0,2% menor que em outubro do calendário anterior.

No acumulado do ano, a maioria dos índices ainda aponta queda na comparação com 2016. Emprego e horas trabalhadas registraram os maiores recuos, de 3,2% e 2,6%, respectivamente. O faturamento também teve baixa, de 1,3%, enquanto a massa salarial diminuiu 2,2%. Apenas o rendimento médio real mostrou crescimento nessa comparação, de 1%.



Fonte: Valor