Qual a diferença entre Automação e Instrumentação?
A palavra automação deriva do latim Automatus, que significa “mover-se por si só”. Assim, o objetivo principal desse sistema é fazer com que os mecanismos de uma máquina verifiquem seu próprio funcionamento com a mínima intervenção do homem. Mais do que isso, ele aperfeiçoa os processos e reduz os custos.
Mas na prática, o que isso realmente significa? A automação, no dia a dia, trabalha com o desenvolvimento e a instalação de sistemas digitais, softwares e linguagens de programação de diversas máquinas e equipamentos, atuando, além disso, em suas manutenções. Setores industriais, como petroquímico, de bebidas e de papel e celulose têm utilizado o sistema de automação para aperfeiçoar seus processos.
A automação é muito abrangente, e estuda desde portões eletrônicos até robótica na linha de produção. Para entendermos melhor, é preciso dividi-la em alguns ramos principais:
Automação Industrial: procura escolher a tecnologia que melhor se adapta a uma máquina ou processo com a melhor relação de custo/benefício. Ela ainda pode ser subdividida em três níveis, sendo: de campo, de controle e de supervisão (visto na pirâmide da automação industrial).
Automação Comercial: nesse caso faz o uso de softwares para proporcionar a otimização de processos comerciais, desde a produção de sistemas de controle de estoque até a identificação de mercadorias por códigos de barra.
Automação Residencial: aplicam-se as técnicas de automação para o conforto e a segurança habitacional, que variam desde o ajuste de temperatura por ar condicionado até o controle por biometria.
Para colocar em prática a automação, os profissionais da área utilizam uma ciência que visa ao aperfeiçoamento da eficiência dos processos de fabricação e a obtenção de um produto de melhor qualidade a um custo mais baixo e em menor tempo. Tal ciência, que adapta os dispositivos e técnicas de medição, de indicação, de ajuste e controle nos equipamentos e processos de fabricação é conhecida como instrumentação industrial.
A evolução da Instrumentação Industrial
A instrumentação industrial é indispensável quando o especialista deseja ter alguns resultados em suas máquinas, como: a incrementação e o controle do produto; o aumento da produção e do rendimento; o fornecimento de dados a respeito da matéria-prima, da quantidade produzida e da economia dos processos; a execução de funções de inspeção e ensaios com maior rapidez; a simplificação de projetos de pesquisa; e o fornecimento de sistemas de segurança para os operários, as fábricas e os processos.
Essa ciência surgiu na década de 1940, junto com a otimização do uso de instrumentos pneumáticos de transmissão e controle. Especialistas desejavam realizar a monitoração e controle de forma automatizada, para que o operador não precisasse abrir e fechar as válvulas manualmente, reduzindo assim o tempo de monitoramento do processo. Assim, através da automação, criou-se a sala de controle de processo centralizada. Os instrumentos utilizados nas malhas de controle, porém, todos pneumáticos, apresentavam um problema: trincas ou corrosão nas tubulações de cobre ou aço carbono provocavam vazamentos, os quais acarretavam em uma falha na malha de controle e, em casos mais severos, na paralização de toda a produção.
O sistema pneumático, porém, logo foi substituído e, já na década de 1950, com o avanço da tecnologia, deu-se início às pesquisas com instrumentos eletrônicos. No entanto, eles só começaram a ser produzidos em meados dos anos 1970. Aos poucos, houve a migração do sistema pneumático para o eletrônico, fato que retrata um resultado da instrumentação. Como vantagem, esse último não possuía partes mecânicas e era mais robusto, o que levou à grande diminuição nos vazamentos.
Mas a evolução não parou por aí. Com a constante elevação da complexidade dos processos industriais, havia a necessidade de processar cada vez mais malhas de controle. Os instrumentos tinham que ser mais e mais discretos, pois cada um deles estava sujeito a falhas e, consequentemente, manutenção. Isso foi possível com o surgimento da computação.
Essa fase da instrumentação teve início com o Sistema de Controle Distribuído, que permite reunir várias malhas em uma estação de controle. As salas de controle podem ser comandadas mesmo que a quilômetros de distância ou até, em alguns casos, a partir de comunicação sem fio. E tudo o que o operador faz é comandar todas essas malhas em uma tela de computador.
Mas qual é a diferença entre automação e instrumentação? É comum que muitos ainda pensem que automação e instrumentação são a mesma coisa. Mas, por mais que as duas estejam relacionadas, e sempre juntas na prática, ainda há diferenças entre essas áreas, principalmente quanto aos conceitos e definições de cada setor.
Automação Industrial
A automação, por essência, estuda técnicas e maneiras de diminuir a mão-de-obra em um processo, ou seja, uma forma eficaz de substituir o manual pela máquina ou robótica. Um exemplo seria a exploração de outro planeta. Ainda é muito arriscado enviar um homem para fazê-la, então com a automação é possível enviar um robô que fará tal exploração no lugar dos homens, os quais ficam em um ambiente seguro apenas controlando as máquinas.
Instrumentação Industrial
A instrumentação, por outro lado, estuda como aperfeiçoar o controle/desempenho de processos industriais, como o aumento de segurança de máquinas e pessoas. Um exemplo é quanto aos instrumentos pneumáticos, que foram substituídos pelos eletrônicos para que houvesse uma melhoria no sistema.
Fonte: Automação Industrial