Dólar oscila nesta sexta-feira, de olho no exterior e em intervenções do BC


O dólar oscila nesta sexta-feira (22), com os investidoes de olho no cenário externo e na atuação do Banco Central no mercado de câmbio, já que as intervenções anunciadas se referiam a esta semana apenas, destaca a Reuters.

Às 14h07, a moeda norte-americana subia 0,12%, a R$ 3,7674 na venda. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 3,7373 e na máxima, a R$ 3,7821. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,93, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na véspera, o dólar recuou 0,44%, a R$ 3,7617, após intervenção do Banco Central no mercado.

Nesta sexta, o mercado repercute a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas sobre as exportações de veículos da União Europeia, alimentando temores no mercado sobre uma guerra comercial iniciada com a disputa entre Estados Unidos e China.


Interferência do BC e cenário interno
Na semana passada, o BC brasileiro informou que injetaria US$ 10 bilhões nesta semana em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Até a quinta-feira, o BC colocou US$ 4 bilhões, destaca a Reuters.
Neste pregão, por enquanto, o BC apenas ofertou e vendeu integralmente 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho. Assim, já rolou US$ 7,04 bilhões do total de US$ 8,762 bilhões de que vence no mês que vem. Se mantiver e vender esse volume até o final do mês, fará rolagem integral.

"Se o BC não colocar os US$ 10 bilhões (que previu que colocaria) até esta sexta-feira, ele vai dar a entender que dará continuidade (aos leilões)", comentou à Reuters o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.

A ação mais contundente do BC veio nas últimas semanas diante do movimento de forte aversão ao risco, que chegou a levar o dólar para acima do patamar de R$ 3,90, devido sobretudo à cena política local.

Isso porque as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro não têm mostrado avanços de pré-candidatos que os mercados consideram como mais comprometidos com ajuste fiscal e reformas.


Fonte: G1