Pacote de energia pode sair em 15 dias


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem durante evento no Palácio do Planalto, que em duas semanas o governo pretende "liberar o choque de energia barata, o choque do gás".Em 8 de julho, a Petrobras assinou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para deixar totalmente o mercado de distribuição e transporte de gás natural até 2021. O compromisso abre caminho para que a empresa e o governo atinjam o objetivo de acabar com o monopólio da estatal no mercado. 

A meta é reduzir o preço do gás e promover o "choque de energia barata" citado por Guedes. Ao tratar do setor de energia, Guedes brincou ainda dizendo que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, "está sentado em cima de um Oriente Médio de reservas de petróleo". 

Guedes afirmou ainda que o governo conseguiu acelerar o processo da cessão onerosa e que há interesse de todo mundo no leilão de áreas programado para 6 de novembro. O leilão da cessão onerosa será realizado sob o regime de Partilha de Produção por ser uma área localizada no pré-sal da bacia de Santos. Os blocos que serão ofertados foram originalmente estabelecidos no contrato de cessão onerosa entre a Petrobras e a União. 

No leilão serão ofertados os blocos que contêm áreas em desenvolvimento de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia. Vencerá o certame quem oferecer o maior lucro-óleo para a União. Reflexo no PIB industrial Diante desse “choque de energia” a estimativa é que poderia haver crescimento de 10,5% no PIB industrial no primeiro ano do recuo, segundo o Ministério da Economia, Secretaria Especial da Fazenda e Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) dentro do Novo Mercado de Gás (NMG).

“Os resultados demonstram que variações percentuais no preço da energia são capazes de transmitir aos demais setores da economia ondas de crescimento no PIB industrial de forma contínua até um novo ponto de equilíbrio”, disse o Ministério de Minas e Energia (MME), que fez uma tabela com variações de preços entre -1% e -50%.

 O impacto de uma queda de 30%, por exemplo, seria de 6,3% no primeiro ano e de 4,1% no segundo ano, e -2,8% no terceiro até ser diluído para 0,22% no décimo ano.


Fonte: DCI