UE oferece mais de 300 milhões de euros em bolsas de pesquisa


As bolsas da União Europeia apoiam pesquisadores de qualquer lugar do mundo e têm foco em oito áreas.

Estão abertas as inscrições para as Individual Fellowships das Marie Sk?odowska-Curie Actions. O programa, que aceita candidaturas até 9 de setembro, foi criado pela Comissão Europeia, o órgão executivo do bloco europeu.

As bolsas da União Europeia apoiam pesquisadores de qualquer lugar do mundo, e contam com um orçamento de €328 milhões para o ano de 2020.

O foco da iniciativa são oito grandes áreas de ciência: Ciências Ambientais e Geociências, Ciências Biológicas, Ciências da Informação e Engenharia, Ciências Economicas, Ciências Sociais e Humanidades, Física, Matemática e Química. A única restrição de temas refere-se à pesquisa sobre energia nuclear, contemplada por outros editais na Europa.

Para concorrer às Individual Fellowships das Marie Sk?odowska-Curie Actions (MSCA), é necessário se enquadrar na categoria de profissionais experientes. Em outras palavras, pessoas que já possuam um doutorado ou que comprovem ter dedicado, no mínimo, quatro anos à pesquisa acadêmica.

O que a bolsa oferece?
As bolsas da União Europeia incluem não apenas as despesas com os estudos, como também a viagem ao país de pesquisa. De acordo com o guia de candidatura do programa, os pesquisadores receberão um salário bruto de €4.880 por mês, corrigido segundo o país de destino (o que significa que valor final varia), e do qual devem ser deduzidos impostos e outras contribuições.

O dinheiro, que é encaminhado à instituição à qual o pesquisador está ligado (uma universidade no Brasil, por exemplo), também cobre as despesas pessoais e da família do pesquisador. Além da mesada, o pesquisador recebe um valor de €600 por mês para despesas de mobilidade (deslocamento e moradia).

Quando o estudante tem um vínculo por meio do matrimônio, ou uma ligação equivalente, recebe um valor extra de €500 por mês, independentemente do país europeu em que estude. Também há valores complementares para pesquisadores que tenham filhos.

Application e seleção das bolsas da União Europeia
Para se candidatar ao programa, basta encaminhar o currículo acadêmico e uma proposta de pesquisa escrita, com até 10 páginas (sem contar os anexos), de acordo com a universidade desejada durante o intercâmbio. Se você se interessa por um programa disponível em Oxford, por exemplo, deve destacá-lo logo de cara.

Cada proposta será avaliada em uma área de conhecimento. Para as Individual Fellowships, são as oito áreas já citadas: Ciências Ambientais e Geociências, Ciências Biológicas, Ciências da Informação e Engenharia, Ciências Econômicas, Ciências Sociais e Humanidades, Física, Matemática e Química.

O processo, feito online por um portal específico para os participantes, é bastante competitivo e reúne pesquisadores de todas as origens. Como o prazo final é dia 9 de setembro, às 17h no horário local de Bruxelas, onde fica a sede da Comissão Europeia, prepare-se para entregar os documentos até o meio dia, no horário de Brasília.

Confira mais informações no guia de candidatura do programa e faça aqui sua inscrição!

Sobre as Individual Fellowships
Um dos objetivos das MSCA é garantir melhor empregabilidade e aperfeiçoamento profissional. Tanto é que, para quem é contemplado pelo programa, estabelece-se um Plano de Desenvolvimento de Carreira em parceria com um supervisor da universidade.

O objetivo, além de monitorar o progresso do pesquisador, é identificar outras necessidades para seu aperfeiçoamento. Uma das áreas de atuação desse plano seria garantir recursos para a participação em conferências e incentivar a publicação em periódicos científicos.

Ainda que o candidato aponte um país de destino inicialmente, é possível fazer “pausas” durante a fellowship — de três a seis meses — para fazer um estágio ou desenvolver uma parcela da pesquisa em outro lugar. Com a supervisão da Comissão, por exemplo, é possível ir a campo nas Ilhas Malvinas e retornar à universidade europeia depois desse período.

Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar.

Fonte: EXAME