Pagamento no débito aumenta no Brasil, mas liderança ainda é de dinheiro em espécie


Pesquisa do Banco Central mostra que uso da moeda em espécie representa 50% do faturamento do comércio.

O uso do cartão de débito no Brasil aumentou sua representatividade para 20% do faturamento do comércio, sobre 14% em 2013, mas os pagamentos em dinheiro seguiram na liderança disparada, apontou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira (19/07).

O uso do dinheiro em espécie, entretanto, caiu a 50%, sobre 55% cinco anos antes, de acordo com a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", feita em abril.

O BC informou ainda que as vendas com cartão de crédito ficaram estáveis, respondendo por 25% do total, ao passo que o uso de cheques passou a apenas 1%, queda de 2 pontos percentuais.

"Para compras de até 10 reais, 87,9% preferem utilizar dinheiro. Esse índice diminui com pagamentos de maior valor. Para desembolsos de mais de 500 reais, a maior parte (42,6%) prefere cartão de crédito", disse o BC.

O BC tem adotado medidas para reduzir o custo do cartão de débito para o comércio, como a limitação a partir de 1º de outubro para a tarifa paga pelas empresas credenciadoras aos emissores do cartão.

Ao mexer na chamada tarifa de intercâmbio, o BC buscou estimular a maior competição entre as credenciadoras – empresas como Cielo, Rede (unidade de processamento de cartão do Itaú Unibanco) e GetNet, do Santander Brasil. Na prática, haverá barateamento para as companhias e a expectativa do BC é que isso seja repassado aos lojistas e, na sequência, aos consumidores.

O BC quer que o cartão de débito seja visto – e utilizado – para pagamentos e o cartão de crédito como instrumento de financiamento, com os custos envolvidos em ambas as modalidades mais explícitos aos consumidores, reduzindo assim os subsídios cruzados.

Em outra investida nessa frente, o governo também passou a permitir a diferenciação de preços entre compras feitas no débito e no crédito.


Fonte: Época Negócios