Consumidores e empresas podem ajudar negócios locais a enfrentar a crise do coronavírus


Iniciativas vão de comprar produtos e serviços com antecipação a ampliar o acesso ao crédito. Saiba como colaborar.

Os pequenos negócios serão um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus. Mas, para além das políticas públicas destinadas a microempreendedores e profissionais autônomos, a sociedade pode dar apoio à sobrevivência desses negócios.

Especialistas e empresas indicam uma série de ações das quais consumidores, grandes indústrias e outros segmentos podem lançar mão para ajudar os negócios locais a atravessar a crise. São iniciativas como as listadas abaixo, e que vão de comprar produtos e serviços com antecipação a ampliar o crédito.

A partir de hoje, cinco marcas da Editora Globo — O GLOBO, Extra, Valor, Época Negócios e Pequenas Empresas & Grandes Negócios — produzirão conteúdo sob o selo #apoieonegóciolocal, em suas plataformas impressas e digitais, para destacar boas iniciativas que já estão sendo feitas e dar orientações aos pequenos negócios. Um setor que responde por 27% do PIB e gera mais da metade dos empregos formais do país.

Veja exemplos do que cada um pode fazer para colaborar:

CONSUMIDORES

Comprar um voucher/vale para usar em um restaurante depois da quarentena

Participar de ações como cliente-amigo, em que o nome é exposto em um mural de agradecimento na parede do estabelecimento

Incentivar artistas ou influenciadores digitais a promover sorteios e rifas para jantar com um fã em um restaurante local e dar a renda ao estabelecimento

Pedir delivery de restaurantes locais

Não pedir a devolução de ingresso de apresentação adiada, e esperar novas datas

Participar de clubes de fidelidade, com acesso a descontos e prioridade na compra dos próximos espetáculos

Substituir aulas de informática ou de idiomas e consultas de terapia por sessões virtuais

Pagar antecipadamente por tratamentos estéticos, massagem e serviços para os cabelos e usar depois da crise. Inclusive pacotes de serviços

Se precisar realmente fazer uma compra de comida ou medicamentos na rua, optar por estabelecimentos de vizinhança. Isso ajuda, inclusive, a reduzir a circulação de pessoas

Pagar antecipadamente por alimentos perecíveis que não podem ser estocados em casa, pré-combinando a entrega semanal

Separar roupas que precisam de reparos e combinar, assim que for seguro, a coleta com profissionais da área

Fazer uma doação (live donation) online durante aula ou apresentação de chef, professor de idioma ou instrutor de exercícios físicos

GRANDES EMPRESAS E INDÚSTRIAS

Patrocinar transmissões ao vivo nas redes sociais de profissionais autônomos e empresas menores, por exemplo de exercícios físicos e educação

Promover cursos online gratuitos para sua cadeia. Por exemplo, segurança alimentar e higiene em bares e restaurantes

Apoiar ações de microcrédito para negócios locais, com juros baixos e carência longa

Estimular a doação de material de trabalho e insumos básicos para microempreendedores individuais

Ajudar na logística de transporte de produtores do interior

Suspender temporariamente ou dar descontos no valor de serviços, como telefonia

SETOR DE TECNOLOGIA

Incentivar e dar consultoria à operação digital dos pequenos negócios

Dar visibilidade aos pequenos negócios nas plataformas de e-commerce

Criar boas condições para a entrega dos produtos dos pequenos negócios pelos aplicativos de delivery, como gratuidade nas taxas

Dar apoio financeiro aos entregadores que estão com coronavírus ou precisam ficar em isolamento

SETOR FINANCEIRO

Prorrogar o pagamento de dívidas de autônomos e pequenos empreendedores, inclusive nas linhas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial

Reduzir ou isentar de mensalidades e taxas de maquininhas de pagamento

Criar oferta adicional de crédito

Facilitar soluções digitais em que o pequeno empreendedor possa cobrar do cliente sem contato físico.

Fonte: Época Negócios